Nos pastos ágeis
dos sentimentos vastos
só há lugar para cavalos
selvagens.
Eu resgato saudades
apontando
o grafite da carne.
Desenho verbos pervertidos
contraio a paz dos sentidos.
Costuro a casa dos teus ossos
aos meus ócios e óbitos
construo destroços
em vosso trono, te faço
meu dono.
Te espero mansa, até que
este cheiro na garganta
te alcança e
tua cela em pelo
me revela.
Entrego-me pura
minha fúria
às gotas de cura
quando de nós se mistura
aço poesia e textura.
Construções são retratos da mente e
assim como
mitos não conduzem ao coração,
estribos são fidelidade à ilusão.
Entrego-me a ti
de dentro
às paisagens involuntárias
onde o sangue se ferve
sem cuidados ou tormentos
até que o olho não suporte mais visão
e a alma galope ao
ponto de fusão do que pulsa
sem definição.
Shala Andirá
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