terça-feira, 2 de novembro de 2010

Madurando manhãs

Esticada ao sol
a pele rompe:
vagem virgem

(esfinge de fogo
ao jogo cinge)

Se podes ser pensamentos
acena com a lava do vento

O ciúme é fibra amargurada
(algema de gelo)
mais nada

Morte prateada da madrugada
o amor é carne salgada

Morre-se de sede
madurando manhãs
no calor úmido das brasas

Vive-se da fome
madurando pequenas mortes
mastigadas.


Shala Andirá

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