quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Para Ferreira Gullar e Paulo Leminski _ Do Seu Corpo de Nuvem

Era preciso falar poesia
ao abrigo da luz
(do dia)
em minha casa
varrida
( seu corpo
de nuvem)
o poema sujo inundava
o corredor de palavras
minha mãe sentada a beira do Rio
dizia:
anjo sente muito frio
mas não reza pelo estio.



Shala Andirá

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