terça-feira, 28 de setembro de 2010

Da Árvore das Almas

Ao pé do pé de almas, raízes expostas e pomos apodrecidos sobre o martírio virgem das palmas douradas. Ao pé de si a feroz introversão de um galgo custoso, mofa a agulha do trem luminoso. A cabeça furada escuta o professor de melancolias na calçada: a felicidade é um baile de máscaras reafirmadas, costura-te a cara, mais nada. _ Eu danço a valsa do avesso, nos espelhos de Versailles me esqueço, uma legião de escadas degolando becos na velocidade das escolhas, colho os frutos do pé, na ponta ritmada das asas, não perco a poda nem a muda, da escuta aguçada sorvo o sumo do canto das almas em primeva revoada, então enlevo o corpo de dentro ao campo de batalha.

Shala Andirá

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