quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Invólucro

A Medusa dorme sobre
escápulas dispostas,
de costas.
Ao murmúrio de um gemido
acorda firme e num sussurro fruído
se imposta.
A cabeça agora exposta
ao ninho de serpentes
devotas.
A boca
encosta.
A palavra sai aos jatos
gozando dos pecados
acanhados no mato
das encostas.
Arrisca o olho
ou de ti, eu me mato!
O sal é imortal
como o amor marginal
A vida não empata
A vida esporra e tchau.


Shala Andirá

Um comentário:

  1. Visitando novamente. Li várias poesias ma tô comentando nessa. Como sempre, adoro teu estilo e fôlego. rs Sou o maluco do hardrock que te reconheceu, amigo da Paloma. Bjokas, querida. Luz. XB

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