Vejo a pedra sobre os olhos
e os leopardos dentro
da cabeça
salivando destroços
Ao íntimo gosto que lambe
minha terra
rio de sangue
Não há imagem rara sob o
céu da Baía
há o corpo saqueado
ausência parda de poesia
As pilhas estão gastas
o firmamento dividido em pastas
os loucos pisando este
chão de vidraças
Vou morrer mordendo livros
como as traças
o corpo comido, com
sorte, antes da morte, rapinado pelas águias
Último vôo destemido
distante das larvas.
Shala Andirá
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