domingo, 5 de setembro de 2010

Acima do véu de Betelgeuse - Alcanças?

Eu voaria alto, bem alto até o impensável
se o cérebro de Deus tivesse alcançado os meus pés (a teus?).
Descalça, eu desceria se houvesse pecado.
Eu puxaria o cordão umbilical até inverter o lado,
se ao menos houvesse um centro, dentro.
Eu esqueceria as aves as flores os amores e as claves.
Eu apagaria o som os sinos o sal as luzes e estas saudades seculares.
Engoliria o vão o vento e as ondas de vontades voláteis mascando mudo,
o mundo e surdo qualquer assunto.
Jogaria para cima o não o sim e esse talvez em mim.
Mas gente, é condição sem fim.
Infinitamente faminta. Do fino alfinete que prega
as pregas da alma e renega. Existir é apenas ser:
entrega. (?). Depois morrer alto,
no imenso que se aposse do teu próprio salto.

Shala Andirá

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