sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Consumação

Em cada boca
a seiva do meu paladar
e quando espadas
saltarem do seu olhar
(em busca)
atravessando um outro
serão meus órgãos
todos
consumidos num
sopro
pulsando sanguíneos
nas vagas unânimes
de suas veias finas.
Por que não há espaço na noite
onde eu desenho
este vazio.
Por que dentro é você
e o calor do frio.

Shala Andirá

3 comentários:

  1. teu amor é nada.
    é coisa pequena.
    grande, grande mesmo
    é o teu poema.

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  2. Visitando! Como sempre, incrível! A tua visceralidade poética a la Artaud, um verso com o vigor dos atores trágicos! Você é demais Shalá. Te curto e te leio porque encontro algo que é sincero e intenso. Admiro a coragem de se expor e a arte que vejo aqui.

    Xandy Britto

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  3. há muitos achados em seus blogs, coisas lindas, parabéns!

    bj

    G.

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