quinta-feira, 21 de abril de 2011

Serenata em Ascensão

Corpo e alma
se aproximando.
Não direi que te amo
e se já disse;
retiro o mantra,
te cubro do meu canto.
Aqui o sol morre cedo
por trás dos montes
na distância
do que insiste
entre nós.
Sempre o mar nos lençóis
e a infinitude da serra
no abuso das curvas.
O céu aqui
nasce da intimidade
que vai ganhando carne
derramando o vermelho
que se quer
banhado na calma suprema,
na eterniade do azul.
Como está água
gelada embriagando
a sede enquanto escorre
lânguida e tesa
pela garganta.
Seus fios de cabelo
por entre meus dedos
e algo que se levanta.

Shala Andirá

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